Quem é que não deu por si com uma edição da Harlequin nas mãos, sentindo a vergonha de "devia era estar a ler André Malraux"? Depois dizemos que era da avó Nélinha, que é uma viciada nestes quentes romances espalhafatosos das Sabrinas e das Biancas, coitada... mas no fundo até que nos rimos com as desventuras ardentes destes livritos que parecem uma telenovela mexicana daquelas que se viam à hora de almoço na RTP1 na década de 90.
Ou então o "As Cinquenta Sombras de Grey"? Vá, confessem! Todos conhecemos uma pessoa, daquelas para quem a literatura só existe quando criada antes do século XXI, que abomina flores e texturas nas capas dos livros, mas que um dia (o horror!) deu por si na casa da recém casada irmã mais nova, e encontrou um livro de que tanto falavam e a curiosidade foi mais forte : e pimbas! Vai que leu aquilo tudo, sofregamente, enquanto pensava: "isto é tão mal escrito! Mas já agora deixa cá ver o que é que ele lhe faz com o chicote".
Para mim, o meu "shame-on-me" livro veio com amigos, em modo saga.
Querem saber qual é?
Estão preparados?
Caso sejam seguidores deste blog até já sabem!
Ora... é a saga TWILIGHT!
CALMA! NÃO FUJAM! São vampiros, mas não mordem (muito).
E o vosso livro "da vergonha"? Qual é?
Desbronquem-se lá! Tenham coragem. E não vale dizerem que não, que vocês nunca!
Ah! E os livros "Uma Aventura" também contam! Ou um qualquer da Margarida Rebelo Pinto!
"Angélique", requisitados da biblioteca na época do liceu. Mas também me passaram umas Sabrinas e Biancas pelas mãos ou até os contos da "Maria". Lia tudo o que apanhava, sem critério, é verdade! Fui adquirindo critério, conforme crescia, mas o que costumo dizer é que desde que as pessoas leiam, até podem ser as ditas Sabrinas e Biancas, caso não queiram ou possam ir mais além! O que interessa é ler!!!
ResponderEliminarConcordo contigo! Este post surge no sentido cómico da questão: ler é um acto de prazer e não só de intelectualização.
EliminarAcho que a leitura é o melhor escape, e todos tentamos escapar de coisas diferentes, por isso é que é tão fascinante haverem tantos livros diferentes, a apelarem a tantos públicos distintos.