É verdade, em Arroios, Lisboa, também se caçam livros! A iniciativa é um pouco diferente da que falámos aqui e tem data limitada (até 15 de setembro), mas é igualmente louvável. Nesta freguesia, com a ajuda da Biblioteca de S. Lázaro, são espalhados diariamente mais de 60 livros (gratuitos) que qualquer um pode encontrar, seja nas ruas, jardins, esplanadas e até nas piscinas municipais.

Não é a primeira vez que a biblioteca distribui livros grátis, mas a ação nunca tinha sido feita nas ruas. Até este ano os livros eram oferecidos nas instalações e a fraca adesão fez com que levassem os livros para fora de portas. Já que o Maomé não vai à montanha...

Cada livro é acompanhado de um panfleto a explicar a iniciativa e convida os leitores a irem à biblioteca. É de acções como esta que o povo precisa! Parabéns!

Fonte: Público

 
Inspirado pela febre do Pokémon Go, o responsável por uma escola primária da Bélgica criou algo parecido mas com um propósito bem mais elevado - caçar livros. Não é preciso usar uma aplicação com GPS e andar com o telemóvel a substituir os olhos. Os livros são escondidos por todo o lado, desde cidades a zonas rurais (protegidos com plástico), e as pistas para os encontrar são lançadas num grupo no Facebook ("Chasseurs de livres").

A iniciativa nasceu do zero mas despertou tanto interesse que o grupo já conta com mais de 50 mil membros. De início dirigida às crianças, hoje serve a todas as idades e todos os géneros de livros podem ser encontrados. Muitas famílias dedicam-se em massa a esta procura, que comparam à procura dos ovos da Páscoa.

A ideia é que quem encontra um livro deixe outro no local, e quando acaba de o ler o "liberte" de novo para a paisagem urbana ou campestre. Uma excelente forma de "trocar mimos" e de estimular a leitura através de um jogo que traz muitos frutos. Muito melhor do que bichos virtuais!

Via Reuters

As caligrafias bonitas, nesta era digital, começam a ser muito raras. Vê-las no dia-a-dia é como uma lufada de ar fresco e por vezes aparecem em objectos do quotidiano inesperados. São tão surpreendentes que houve quem achasse que mereciam uma fotografia, e aqui está uma compilação de pequenas pérolas da caligrafia em objectos banais.












Isto é que é uma iniciativa de se lhe tirar o chapéu! O governo italiano vai oferecer aos jovens que fizerem 18 anos um voucher no valor de 500€ para ser utilizado em livros, que pode também ser gasto em cinema, bilhetes para concertos, teatro, museus e parques nacionais. Portanto, um autêntico "bónus cultural", como lhe chamam.

Se me tivessem dado uma coisa destas quando fiz 18 anos teria sido o cúmulo da felicidade... aliás, se mo oferecessem agora também o seria! Eu até vou a Itália em breve, posso aproveitar e pedir uma prenda (muito) atrasada?

Ora este bónus cultural é realmente uma ideia fantástica, daquelas que dificilmente veremos por cá, já que terá um custo, no primeiro ano, de 290 milhões de euros. O governo italiano realça que é bem gasto, e será certamente, mas é algo que apenas países com bons cofres, excelentes estruturas e com as prioridades no sítio poderão promover. Belo exemplo!

Via Independent
 
Cafés temáticos e outros estabelecimentos e até mesmo casas particulares inspirados no Harry Potter é coisa que não falta. Mas este café que louva o jovem feiticeiro mais famoso da literatura e do cinema abriu no local mais inesperado - em Islamabad, no Paquistão.

Ora isto é espantoso e mostra como a cultura é universal, e como os sonhos de menino são similares em todos os cantos do mundo. Podemos ter religiões e cores diferentes, mas partilhamos paixões, gostos, aquilo que nos faz humanos e sencientes.

Os amigos que decidiram abrir este café dizem que passavam a vida a sonhar com Hogwarts e que quando fizeram 11 anos esperaram ansiosamente a carta que nunca apareceu... Agora adultos cumpriram um sonho que tem ainda mais mérito por ter tomado forma no Paquistão. Toda a sorte do mundo para eles!

Via Seventeen







" Fahrenheit 451 - a temperatura a que um livro se inflama e consome..." e assim começa um livro inesquecível.

Esta fantástica obra de Bradbury conta-nos a história de Guy Montag, um bombeiro de um mundo futuro e distópico em que a sua profissão consiste em queimar todos os livros que constituem o espólio literário da nossa humanidade.

Enquanto lia o livro percebia que desde que foi escrito, nos anos 50, nos aproximamos a passos largos do abismo futurista que o autor criou, e que este como que antecipou uma cultura obscenamente virtual como é a nossa hoje em dia.

Neste futuro sem livros, sem memória e sem cultura outra que a televisiva, nesta realidade exposta pelo "Fahrenheit 451", espelhamos o nosso agora. Esperemos que o nosso amanhã renasça do fogo e seja diferente, mais feito de livros, de conhecimento e acima de tudo de mais .



Fahrenheit 451
De: Ray Bradbury
Ano: 1956
Editora: Livros do Brasil (edição mais recente pela Europa-América)

A nossa pontuação: 

Mais no site Wook.



P.S. - E quem é que já viu o filme?
1838. Charles Stowe é inglês e um enorme apreciador de chá, paixão herdada do pai, proprietário de um estabelecimento de venda de chás. Conhecedor nato, o pai vai-lhe contando histórias mirabolantes sobre a proveniência das mais maravilhosas ervas aromáticas para infusão, em especial um mito sobre chá branco cujo consumo é apenas permitido ao Imperador da China. A curiosidade aguça-se no petiz, que cresce com a vontade de seguir a rota dos chás e saber tudo sobre a sua origem, e também para desvendar se os mistérios contidos nas histórias do pai são verdade.

Embalado por esta paixão, partiu para a China numa aventura de descoberta. Acaba por conhecer um irlandês que concorda em fazê-lo seu protegido para circular livremente numa zona em que os estrangeiros são vistos com maus olhos. Esta parceria acaba por dar frutos e Stowe conhece algumas das mais importantes rodas da engrenagem na produção e distribuição de chá. Mas tudo parece envolto num grande véu de mistério, e ao que parece os segredos partilhados pelo pai são apenas a ponta de um icebergue proibido.

Stowe vê os sítios mais belos que alguma vez imaginou, apaixona-se por uma mulher carismática de olhos verdes e cabelo negro, atravessa vales e montanhas longínquos, até se deparar com o motivo da sua viagem, e aí tudo se revela e desmorona.

É um livro que se lê rapidíssimo (fi-lo em menos de uma hora). A escrita é simples e fluída, e a história segue um ritmo marcado e crescente. O espírito de aventura está patente do início ao fim e dá-nos vontade de lá entrar naquele cenário tão delicadamente descrito. Distinguimos claramente o brilho da luz do dia na China, o cheiro das montanhas, a volúpia dos chás mais raros e enigmáticos, a frescuras dos riachos... Nota-se que o autor tem muito da paixão do protagonista nele, porque apesar de breve, tudo é detalhado com amor.


Ópio
De: Maxence Fermine
Ano: 2002
Páginas: 165
Editora: Quetzal

A nossa pontuação: ★★★☆☆
Chama-se Lumio e é um candeeiro em forma de livro que, para além de ser lindíssimo, pode ser recarregado através de uma bateria e usado onde quer que se esteja. Ou seja, podemos pegar nele e ler na praia ou na varanda naquela luz fantástica do lusco-fusco, por exemplo.

É um objecto de decoração fora do comum e uma verdadeira delícia para os amantes dos livros. Pode ser aberto como um livro, usado nos seus 360º,  ou ser pendurado ou agarrado à parede através da sua superfície magnética. É literalmente um livro que ajuda a ler outros livros!

Pode ser comprado aqui.




Não é que eu concorde - sou viciada em exercício e em livros -, mas anda por aí muita gente com o cérebro pouco ginasticado, lá isso anda... ;)


Quem escreve por vezes precisa de pequenos toques extra de motivação, uma inspiração inesperada ou simplesmente uma frase para dar uma risada. Estes lápis contêm mensagens especiais e prometem ler a mente dos que ainda se atrevem a escrever com lápis, quer precisem de uma pausa cómica ou de um boost para continuar. Há uns que até ajudam com a gramática...


















Fonte: Buzzfeed
Os GNR são uma das bandas mais importantes do panorama musical português, e muito contribuíram para o desenvolvimento do rock nacional, e não só. Com músicas intemporais e inesquecíveis como Ana Lee, Dunas, Sangue Oculto ou Portugal na CEE, já ultrapassaram os 35 anos de carreira, uma marca de respeito que faz deles uma das bandas portuguesas mais antigas ainda em actividade.

Dia 20 de setembro é a data marcada para o lançamento de uma biografia oficial da banda do Porto, da autoria de Hugo Torres, jornalista do Público. O livro abrangerá a história da banda, desde o início até à sua consolidação. O lançamento acontecerá na Casa da Música, onde os membros irão ser entrevistados por Pedro Fernandes e apresentarão ainda quatro músicas. A não perder!

Fonte: Público



John Atkinson é um ilustrador fantástico que decidiu fazer resumos cómicos de algumas das maiores obras literárias. Ora vejam!


Ideal para os leitores mais preguiçosos 
Este belo espécime que podem ver nas fotos em baixo, para além de ser um elemento de inegável beleza, é uma excelente ideia que junta os livros e os puzzles. Feito à mão, o Codex Silenta é composto por cinco páginas e os leitores só as poderão ler caso consigam decifrar o jogo apresentado antes de cada uma.

Cinco jogos, cinco páginas, criadas por Brady Whitney e que são inspiradas em Da Vinci, que fez o mesmo Codex para proteger o seu trabalho e um aprendiz bisbilhoteiro acabou por ser apanhado numa armadilha.

Para ter um Codex Silenta em casa, é pôr o nome em lista de espera no Kickstarter :)

Fonte: Bored Panda