Nem Todas as Baleias Voam - Afonso Cruz

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Erik Gould é um brilhante pianista que a CIA pretende recrutar, em plena Guerra Fria, para o programa Jazz Ambassadors. Neste plano, o objectivo é captar a Juventude de Leste para a causa americana através da música, ou seja, passar ideias e conceitos através das notas musicais, talento pelo qual Erik é conhecido.

Nos entretantos, a mulher de Erik desaparece sem deixar rasto, aparece um misterioso homem de chapéu cinzento, e o curioso filho de Erik, Tristan, vê sentimentos em forma de pessoas em todo o lado.

O mais interessante, para mim, neste livro, foi exactamente Tristan. A maneira como a sua mente dá forma a todo o tipo de sentimentos é genial. Por exemplo, perto dele está sempre uma velhota, que só ele vê e que sente como sendo a morte que não o larga. Ele vê pessoas e seres vivos que representam o nojo, a dúvida, o desespero, a satisfação, e ver a manifestação dessa "doença", a sinestesia, é soberbo.

De resto, é um livro bastante interessante, mas não me senti tão próxima como nos outros livros de Afonso Cruz. Apesar do tema central - a música - ser descrita de forma apaixonante, considero que há algo de frio em toda a narrativa que não me permitiu criar grande empatia.

Nem Todas as Baleias Voam
De: Afonso Cruz
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2016
Páginas: 280

A nossa pontuação: ★★★☆☆
Disponível no site Wook.

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