Like a Kindle in the wind

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Adoro o cheiro a livro novo e a textura das folhas. Aquele som de uma lombada a estrear, com as suas primeiras rugas de uso. Escrevinhar nos cantos das folhas que me marcaram e até as orelhas feitas ao acaso ou por vontade. Vícios de estudante. Por tudo isto, muitas vezes jurei que não iria adaptar-me aos eBooks e à frieza dos ecrãs modernos.

Estava enganada.

Experimentei e vai que gostei, a verdade é essa. Hoje não vivo sem o meu Kindle. Passo horas a ver na Amazon o que há de novo e gratuito. Transporto neste pequenino companheiro desde "Os Maias" até Daniel Goleman. Tenho até excertos do "Cinquenta Sombras de Grey", confesso! E outros tantos livros de autores que nem sei nomear, mas que optei por downloadar apenas porque gostei da descrição e das avaliações dos leitores.

Ganhei toda uma nova liberdade literária: ter uma biblioteca à minha medida e mais leve que uma qualquer edição de bolso e com menos custos. Sabiam que grande parte dos chamados Clássicos da literatura mundial estão disponíveis online, gratuitamente? São definitivamente património da Humanidade e ao alcance de todos num simples click.

Se tem desvantagens? Algumas. Muitas das obras que procuramos estão em inglês, o que para mim não é problema visto que opto sempre por ler os originais se forem nessa língua. Temos também de ter em atenção que nem todos os ficheiros são compatíveis com todos os dispositivos (mas hoje em dia já há um conversor porreiro para tudo!).

Mas as vantagens são mais que muitas. Não só é do mais portátil possível como também nunca mais sofremos dos olhitos quando estamos a ler na praia porque imitam, sem reflectir a luz,a tonalidade do papel; podemos aceder aos pdfs de trabalho em qualquer lugar e receber os livros directamente no dispositivo sem ter de usar cabos...todo um universo de possibilidades.

Adoro o meu Kindle. Tenho dito. Modernices? Talvez. Mas quando passaram das cantilenas da literatura oral para o papel alguém também deve ter dito "opah, vai ser o fim das cantigas, bom bom é ouvir!", depois tornou-se universal, e olhem agora para nós, aqui, a ler a palavra escrita de tantas formas e maneiras. Evolução: essa coisa maravilhosa de poder escolher entre o clássico e o moderno ou ambos se nos der na real gana. Fantástico.


4 comentários:

  1. Eu também dizia que não me convertia e agora... já não imagino a minha vida sem os ebooks. Também já não havia prateleiras nem casas que chegassem para tanto livro!

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  2. Pois eu, que trabalho com tecnologias, nem quero ouvir falar do Kindle :) Talvez mesmo por isso... Estou o dia atafulhada com ecrãs e teclas e, no fundo, para mim, pegar num livro à moda antiga é a minha forma de descansar dessa vida :)

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    1. E é por isso que isto de se poder escolher é tão perfeito :D já dá para agradar a gregos e troianos.

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